As mudanças mais bonitas não vem com calma e sossego

“As mudanças mais bonitas não vem com calma e sossego, são uma ventania incontrolável jogando tudo pra cima, nada cai no mesmo lugar, nem as coisas, nem o coração, nem você – o tempo fechado nos abre – Ryane Leão”

E foi assim que me senti quando em setembro de 2017 iniciava minha caminhada até meu diagnóstico.

Sou a Lu de E.lu.ar, ou se preferir a Debora, tenho 39 anos, mãe da Duda, do Fefe e do Marco, advogada, moradora de Santos/SP., sou portadora de Lúpus Eritematoso Sistêmico e de Síndrome de Sjögren, ambas doenças autoimunes.

Em 13 de outubro de 2017, após milhares de exames e especialidades visitadas finalmente eu recebia meu diagnostico, pesando 49kg, não comendo, não dormindo e com outros diversos sintomas, finalmente eu poderia receber um diagnostico e voltar a viver!!!! Sim voltar a viver, quando me sentei para aquela consulta, e a médica que me acompanhava finalmente deu meu diagnóstico, estranhamente me senti aliviada, mesmo em meio a toda informação de cuidados, medicações e diagnostico, eu só pensava que dali para frente eu voltaria a comer, dormir, me sentir bem e saudável novamente.

Deste dia em diante o Lúpus passou a mover quase tudo em minha vida, chorei sim de medo e muito, me questionei varias vezes, tinha medo de deixar meus filhos, minha família, precisava encontrar uma maneira de contar para todos sem que isso fosse tão assustador e pesado, como dizer que apesar de carregar doenças incuráveis tudo ficaria bem!!!! 
Após o baque de todo esse processo, a vida foi se transformando, algumas pessoas viraram anjos, alguns laços se fortaleceram e ouve quem simplesmente fosse embora sem dizer uma só palavra, a doença foi o maior selecionador da minha vida, e cá pra nós que bom!!!!!

Hoje agradeço as lagrimas que viraram lição, tenho paixão pela vida, muita fé e determinação, valorizo cada minuto do meu dia, vivo os dias como únicos, escuto com mais paciência, falo com mais calma e cuidado, aprendi que nada nem ninguém cruza nosso caminho por acaso e que em cada momento e pessoa existe uma lição, basta querer aprender. Hoje o lúpus não é mais um peso, um castigo e sim um combustível.
No entanto eu sabia que faltava algo para que todo esse processo de transformação fizesse sentido, e eu sabia que Deus estava preparando algo. Logo veio a resposta, quando em 29 de maio de 2018 recebi uma mensagem da Luciana falando sobre sua doença e o projeto da FUNDAÇÃO ELUAR, daquele dia em diante tudo passou a se encaixar, ao lado de pessoas especiais (Lu, Day e Ju) hoje estamos aqui, para dividir historias, motivar pessoas, informar, conscientizar e acima de tudo mostrar para todos que um diagnostico não é um fim ou uma sentença, e sim começo de uma nova vida, basta acreditar!!!

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