Uma pessoa que convive com doença e é fora da caixa…

Mas você é tão bonita(o)…
Mas você parece feliz…
Mas você é bem-sucedido…
Mas você vai se casar…
Mas você vai se separar…
Mas você usa biquini, passeia, viaja etc…
Mas você vai comprar uma casa…
Mas você vai viajar dirigindo…
Todas essas afirmações vêm seguidas de uma complementação irônica, julgadora e desprovida de conhecimento: …, nem parece doente. E bla-bla-blá, bla-bla-blá. Que chatas essas pessoas que precisam que os modelos delas não saiam da caixa! Que saco! Deixem os outros em paz!
Pessoas que convivem com doenças crônicas, quando as controlam, fazem tudo que podem, têm vontade e direito de fazer. Isso depende de cada um, do estágio de evolução da doença, de cada quadro específico.
Pessoas que convivem com doenças crônicas podem, sim, ser felizes, transar, casar-se, separar-se, cantar. Até ir ao ao banheiro e fazer cocô, acredita?
Que coisa mais chata encaixar as pessoas em modelos inferiores aos seus internos, para que você possa se sentir maior e melhor!
Pessoas que convivem com doenças crônicas, inclusive as doenças que geram dor e são invisíveis, não precisam de palpites e julgamentos, precisam de apoio e ajuda quando as doenças entram em atividade e de alegria e ajuda para serem felizes quando estão bem!
Chega de encaixar os outros nas caixas que só existem na sua cabeça!
Luciana Ribeiro.
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