A Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF), em resposta às informações sobre a utilização dos fármacos cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19, recentemente divulgados na imprensa e redes sociais vem esclarecer:
– O estudo realizado na França, que foi amplamente divulgado no dia 18/03/2020, apresenta sérias falhas em seu desenho metodológico, o que compromete suas promissoras conclusões. Por isso, convém destacar nesse momento o posicionamento da Anvisa(3) quanto à necessidade de conduzir estudos clínicos randomizados e controlados em uma amostra representativa de seres humanos, demonstrando a segurança
e a eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina para o seu uso no tratamento da COVID19.
– Não há qualquer embasamento científico para o uso da cloroquina e seus derivados para a prevenção do COVID-19 até o momento, destacamos que esses medicamentos (cloroquina e hidroxicloroquina) apresentam reações adversas graves, especialmente lesão na retina, podendo levar à cegueira, cardiomiopatia (arritmias e alterações de intervalo QT), além de anemia hemolítica, entre vários outros. Sendo assim, desaconselhamos fortemente o seu uso, principalmente sem indicação médica e enquanto não houver resultados conclusivos sobre sua real eficácia no tratamento da COVID-19.
Leia abaixo o documento emitido pela Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF) na íntegra:
Nota Hidroxicloroquina ABCF