Autoimunidade e Maternidade – um sonho e um temor

Quando fui mãe pela primeira vez, não tinha uma ideia real dos desafios que a maternidade trazia.
A falta de força e as dores nas mãos e punhos foram pra mim, sempre o maior desafio. A primeira e segunda gravidez foram muito tranquilas – o corticoide fez seu trabalho direitinho e não sofri muito. Já a terceira (sim, tenho 3 filhos!) foi mais complicada – as mudanças repentinas, gravidez não planejada, mudança de país, o emocional um tanto descontrolado e o corticoide drasticamente diminuído pelas regras do país aonde agora vivia – levaram à uma piora drástica no meu quadro clínico, dores e atrofia, o emocional mais deprimido do que feliz, já que a situação não era das melhores.

Depois do parto, pude amamentar durante 1 mês – quando tive que escolher entre doar-me ao meu filho, ou colocar minha saúde em primeiro lugar. Não foi uma decisão fácil – porém, naquele dia tive que escolher entre cuidar da minha saúde, para poder ser a mãe que eu realmente queria ser.

Meu bebê cresceu forte e saudável – o leite materno não é o único que eles precisam de nós. Entendi que estar presentes, de corpo e alma, completas e com saúde, é sim, o mais importante. Olhar pra trás, e ver todos os desafios que a doença trouxe, quase impedindo o sonho da maternidade, só me fazem agradecer por ter chegado até aqui – com 3 filhos lindos e saudáveis, com meu marido que foi muitas vezes mais mãe do que eu, e ver que aprendemos a conviver com a doença, superando juntos as adversidades e vencendo como uma família.

Sara Tande, mãe de 3 filhos, lindo e convivendo com artrite reumatoide.

HOMENAGEM PARA O DIA DAS MÃES – Estamos longe, mas não distantes…

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